Quando anoitece e os ruídos somem, o vazio parece tomar conta da escuridão. Percebemos, então, que chegou a madrugada. Nela, muitos dormem, sonham, dançam, cantam, bebem, enlouquecem, choram, transam, fingem ter a esperança de outro dia mais promissor; mas há ainda quem, simplesmente, nada fale, nem expresse. Que apenas se deixa levar por esse momento tênue entre o dia e o a noite.
Na madrugada, mais que durante o dia, tudo pode acontecer. É o tempo em que se engrandece a liberdade, às vezes, escusa; em que podemos ser nós mesmos, sem exageros de regras ou normas.
Aos que desprezam momentos de “boemisses”, não desfrutam dela em sua maneira mais plena. Aqueles que dormem antes que a noite se vá e acordam dia claro não conhecem a madrugada vigorosa e reveladora. Que perturba e desnorteia. Que incita e fascina. Que faz com que rebuliços sejam causados e caminhos alterados. Tal como os de César Montero, Pepe Amador e Pastor. Em comum, estes homens dormiram no momento exato que suas histórias eram invadidas. Poderia, também, nada ter acontecido, mas quando a (dita) moral de um homem é ofendida, espera-se o pior. Como aconteceu.
Tudo isso porque, no instante em que eles ignoravam a vivacidade da madrugada, outros recheavam pasquins com histórias que melhor não arriscar afirmar se verdadeiras ou falsas; boatos ou fatos; casos ou armações; apenas acontecimentos que nem tenente ou padres são capazes de segurar.
Assim foi no povoado criado por Gabriel García Márquez em “A hora má: o veneno da madrugada”. Ali, enquanto uns dormiam e esperavam pelo dia seguinte, outros se dedicavam a encher de colas os papeletes que passaram a atormentar a todos. Como é de se esperar, o governo (que governo?) aliado à igreja decidiu tomar uma atitude: represália. Característica comum nos textos do colombiano e, principalmente, nas terras da América Latina. A repressão, o poderio, as guerras e submissões elevam ainda mais este pequeno povoado ao seu destino já traçado em outros tempos. Terra em que o povo é calorento e desgraçado. Desses que nem madrugas tem para se distrair. Que esperam a hora da morte, como nós esperamos a noite trazer a escuridão e o silêncio.
Na madrugada, mais que durante o dia, tudo pode acontecer. É o tempo em que se engrandece a liberdade, às vezes, escusa; em que podemos ser nós mesmos, sem exageros de regras ou normas.
Aos que desprezam momentos de “boemisses”, não desfrutam dela em sua maneira mais plena. Aqueles que dormem antes que a noite se vá e acordam dia claro não conhecem a madrugada vigorosa e reveladora. Que perturba e desnorteia. Que incita e fascina. Que faz com que rebuliços sejam causados e caminhos alterados. Tal como os de César Montero, Pepe Amador e Pastor. Em comum, estes homens dormiram no momento exato que suas histórias eram invadidas. Poderia, também, nada ter acontecido, mas quando a (dita) moral de um homem é ofendida, espera-se o pior. Como aconteceu.
Tudo isso porque, no instante em que eles ignoravam a vivacidade da madrugada, outros recheavam pasquins com histórias que melhor não arriscar afirmar se verdadeiras ou falsas; boatos ou fatos; casos ou armações; apenas acontecimentos que nem tenente ou padres são capazes de segurar.
Assim foi no povoado criado por Gabriel García Márquez em “A hora má: o veneno da madrugada”. Ali, enquanto uns dormiam e esperavam pelo dia seguinte, outros se dedicavam a encher de colas os papeletes que passaram a atormentar a todos. Como é de se esperar, o governo (que governo?) aliado à igreja decidiu tomar uma atitude: represália. Característica comum nos textos do colombiano e, principalmente, nas terras da América Latina. A repressão, o poderio, as guerras e submissões elevam ainda mais este pequeno povoado ao seu destino já traçado em outros tempos. Terra em que o povo é calorento e desgraçado. Desses que nem madrugas tem para se distrair. Que esperam a hora da morte, como nós esperamos a noite trazer a escuridão e o silêncio.
Boa leitura!