Ei! Você tem um tempinho sobrando?! Então me responda: quantas pessoas já tentaram simplificar em conceitos e suposições o que é a felicidade? E quantas delas conseguiram, na metade do tempo, apresentar motivos para que o contrário acontecesse? Falar, escrever, dialogar sobre coisas que nos deixam tristes é, obviamente, mais fácil que arriscar um conceito fajuto sobre felicidade. E não pensem que apresentamos com esta resenha um livro que ouse tanto. Diferente disso, a dica é de um diário.
O diário de uma jornalista e escritora chamada Elizabeth Gilbert (“Comer, rezar e amar”). Uma mulher que resolve viajar por três países (Itália, Índia e Indonésia), no período de quatro meses, após um traumático divórcio. Para a viagem, conseguiu o apoio financeiro da revista em que trabalhava nos Estados Unidos (quem sabe um dia eu também escreva um diário assim...). Em cada uma dessas cidades, a autora buscou encontrar, respectivamente, prazer, devoção e equilíbrio e, então, alcançar a tal da felicidade.
Na Itália comeu, bebeu, apreciou ambientes românticos (mesmo sozinha) e descobriu que há “beleza em não fazer nada”. Percebeu, também, que a depressão e a solidão caminhavam lado a lado com as expectativas que ela alimentava ao tentar se livrar delas. Na Índia enfrentou uma das maiores dificuldades: silenciar. E no silêncio lutou contra memórias, sentimentos e provações. Descobriu maneiras para enfrentar o medo e a ansiedade e conseguiu. Só depois de muito limpar o chão, foi à Indonésia encontrar um velho conhecido. Encontrou-o e também algo a mais.
No livro é evidente (como pode-se imaginar) que há um forte choque cultural. E não, necessariamente, da autora, mas daquele que com ela viaja. A cada cidade, novas concepções; novos deleites; e aprendizagens. Não apenas da língua praticada, mas de como cada povo encontra a sua realização. E ao apresentar essa nova realidade, a obra te transporta para estes distintos ambientes. E faz isso mesmo que de forma vagarosa e sutil. Quando você menos espera sente-se 10 quilos mais gorda de tanta pizza; meditando no ashram e aceitando a quietude trazida pela solidão.
E após tudo isso; após um ano de caminhada; de caixas levantadas; de buscas incessantes, Liz (depois de 300 páginas já podemos chamá-la assim, certo?!) descobre a tão ansiada felicidade. Então, aí nossa viajante percebeu que para tê-la por perto basta um pouquinho de esforço pessoal, pois ela está sempre por perto. Como um controle remoto que precisamos acionar o botão. Com a TV fazemos isso numa freqüência maior, mas e no dia a dia? A velocidade do tempo aumenta a cada ato insano de tentar prolongá-lo. Mas, no fim das contas, tudo um dia acaba e ser feliz (para aqueles que conseguirem) é a única dica. A medida pra isso? Não, não está no livro. Nem em qualquer outro lugar a não ser em nós mesmos.
Boa leitura!
O diário de uma jornalista e escritora chamada Elizabeth Gilbert (“Comer, rezar e amar”). Uma mulher que resolve viajar por três países (Itália, Índia e Indonésia), no período de quatro meses, após um traumático divórcio. Para a viagem, conseguiu o apoio financeiro da revista em que trabalhava nos Estados Unidos (quem sabe um dia eu também escreva um diário assim...). Em cada uma dessas cidades, a autora buscou encontrar, respectivamente, prazer, devoção e equilíbrio e, então, alcançar a tal da felicidade.
Na Itália comeu, bebeu, apreciou ambientes românticos (mesmo sozinha) e descobriu que há “beleza em não fazer nada”. Percebeu, também, que a depressão e a solidão caminhavam lado a lado com as expectativas que ela alimentava ao tentar se livrar delas. Na Índia enfrentou uma das maiores dificuldades: silenciar. E no silêncio lutou contra memórias, sentimentos e provações. Descobriu maneiras para enfrentar o medo e a ansiedade e conseguiu. Só depois de muito limpar o chão, foi à Indonésia encontrar um velho conhecido. Encontrou-o e também algo a mais.
No livro é evidente (como pode-se imaginar) que há um forte choque cultural. E não, necessariamente, da autora, mas daquele que com ela viaja. A cada cidade, novas concepções; novos deleites; e aprendizagens. Não apenas da língua praticada, mas de como cada povo encontra a sua realização. E ao apresentar essa nova realidade, a obra te transporta para estes distintos ambientes. E faz isso mesmo que de forma vagarosa e sutil. Quando você menos espera sente-se 10 quilos mais gorda de tanta pizza; meditando no ashram e aceitando a quietude trazida pela solidão.
E após tudo isso; após um ano de caminhada; de caixas levantadas; de buscas incessantes, Liz (depois de 300 páginas já podemos chamá-la assim, certo?!) descobre a tão ansiada felicidade. Então, aí nossa viajante percebeu que para tê-la por perto basta um pouquinho de esforço pessoal, pois ela está sempre por perto. Como um controle remoto que precisamos acionar o botão. Com a TV fazemos isso numa freqüência maior, mas e no dia a dia? A velocidade do tempo aumenta a cada ato insano de tentar prolongá-lo. Mas, no fim das contas, tudo um dia acaba e ser feliz (para aqueles que conseguirem) é a única dica. A medida pra isso? Não, não está no livro. Nem em qualquer outro lugar a não ser em nós mesmos.
Boa leitura!
Um comentário:
realmente a felicidade pode estar logo ali virando a esquina...
porem na maioria das vezes nossos olhos ficam ofuscados, criando expectativas, planos... e acabamos não aproveitando a felicidade que estava bem abaixo de nossos olhos...
parabéns pelas resenhas, e pela dedicação.
bjo
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