11.18.2008

O diamante do tamanho do Ritz


Dizem que a primeira impressão é a que fica.... Bom, se assim for tenho mais um vício de leitura: o irlandês Francis Scott Fitzgerald. Os motivos que me levam a esta dedução (ou conclusão) não são poucos: a indicação “conceituada” de quem recebi o livro, a bela maneira como escreve o autor e, simplesmente, por ter um brilho idêntico ao de diamantes (mesmo sem nunca ter visto o mesmo). Por falar em diamantes, até aonde vai a tua ambição? O que faria para proteger um tesouro, o teu tesouro, desses tipo filme de navio pirata? Nós que trabalhamos todos os dias para sustentar necessidades básicas humanas (e algumas coisinhas a mais), para manter aquilo que podemos chamar de “inspiração” ou “amor à profissão” sabemos bem o que é buscar e proteger um tesouro...
Há quem diga que uma pessoa sem ambição não vai a lugar algum. E, como todo mundo vai a algum lugar um dia, poderíamos dizer que essas ambições fazem parte da racionalidade humana geradas por algo como a “loucura química” de que somos acometidos, pela embriaguez divina, e pelo tão natural e simples egoísmo. Diariamente mantemos uma rotina abarrotada de tarefas, por vezes, tempestuosa e árdua. Por isso, o autor sugere em determinado trecho do livro “O diamante do tamanho do Ritz, e outros contos”: “foi um grande pecado a invenção da consciência” e complementa dizendo: “o sono é o refúgio da loucura e insensatez”. Talvez, o que o autor quer nos dizer é que acordados, sonhamos de acordo com nossas possibilidades e limitações e dormindo extrapolamos. Já dizem os psicólogos que o sonho é a manifestação do inconsciente, daquilo que, conscientemente, reprimimos. Confuso? Talvez. Afinal, a vida o é.
Porém, enquanto não temos diamante, sugere Francis Scott Fitzgerald, nos alimentamos de uma embriaguez divina acessível a todos: o amor e a desilusão. Talvez, trabalhemos em intensa proteção do nosso tesouro diariamente, mesmo sem percebê-lo. Porque afinal o que é o nosso tesouro? Falamos apenas de dinheiro ou entram aí ideais, planos, memórias e recordações? É, quem sabe, guardemos nós também um tesouro ao qual protegemos diariamente.
É assim, como se estivesse protegendo um tesouro, que o autor nos apresenta três contos. Em cada um deles uma história distinta e instigante. Dessas que nos fazem dormir tarde e acordar cedo para terminá-las de uma vez só. Dessas que nos fazem sentir a vontade de comprar (ou ler) todos os livros do autor. É, talvez seja essa a minha ambição. E a tua, conseguiste descobrir ou irá esperá-la no próximo sonho?
Boa Leitura!

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