10.23.2009

Quando nada importa


Às vezes, quando tocamos em assuntos que se assemelham podemos nos tornar repetitivos, principalmente no que diz respeito a relações humanas. Além de muita contrariedade, o tema traz pontos de vista bastante particulares e íntimos. Cada um, com suas experiências, busca entender, ajudar ou mesmo conviver com fatos que acontecem e que por vezes não são compreendidos. Tarefa difícil, para não dizer impossível. Simplesmente porque cada um, com suas próprias concepções, encara as respostas e reações do outro da maneira que consegue absorver.
Nessa confusão toda, o que é certo para um, pode não ser para outro; o que é exagero para um, não é para outro; e assim vamos levando. Tentando imaginar o que devemos falar, expressar e sentir. Há até quem pense que uma bola de cristal cabe bem nessas situações. No entanto, há uma coisa nisso tudo que pode auxiliar (pelo menos um pouco). Isso chama-se amor. Não falamos apenas de “love you”; amor de paixão ou carnal. Mas o amor em sua forma mais pura e mais essencialista. Para aqueles que acreditam, a dica do livro vem bem a calhar: “Quando nada importa só o amor pode iluminar os corações rancorosos”, de Valéria Lopes. O livro, que é uma mistura de romance, espiritismo e mediunidade, retrata a história de vida, morte e angústia de uma família.
Mais do crer no espiritismo, ser romântico ou coisa e tal, é preciso, quando se lê um livro como este, acreditar na história; é supor qual o porquê levou determinado sujeito a escrever essas linhas. Nesse caso, não resta dúvidas. Nada de romantismo. Afinal, não é porque chove lá fora, fazendo aquele barulhinho gostoso que dá vontade de te uma companhia especial; não é pelo medo de ficar sozinho que devemos pensar no amor. Valéria Lopes foi clara quando apresentou esse sentimento de maneira pura. O amor que tem perdão, que não é ciumento; que acolhe; dá carinho; compreensão; que quer o bem. Só esse amor é capaz de atingir aqueles que têm aura pesada; que sempre vêem problema em tudo; que não conseguem ver a diferença entre um dia de sol e outro de tempestade.
É para essas pessoas que o livro foi feito. Indiferente se é católico, evangélico ou espírita. Importa apenas que você tenha o mínimo de amor no coração para receber essa história e quiçá aprender alguma coisa.

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