Ok, admito, demorei mais que o necessário para lê-lo. Ele merecia mais atenção, mas as desculpas das férias devem ajudar um pouco. E, afinal, mesmo com toda a preguiça (sim, é pecado, eu sei), aconteceu aquilo que é comum com todos os bons livros: chegou um momento em que, simplesmente, era impossível fechá-lo e deixar de lado a sua história. Então, abandonei a tradicional partida de dominó com o sobrinho, o filme repetido que ele ainda não tinha visto e até umas cuias de chimarrão. E não consigo nem me arrepender porque no fim me apaixonei novamente.
E já que estamos nessa de amor, devo comentar que este foi à primeira vista. Circulava por uma lista infindável de livros, buscando algum que fosse especial e não resisti. Olhei aquele título em fonte manuscrita, um autor que ainda não conhecia e decidi: é esse. Alguns dias depois já era testemunha do acidente de Niki e Alessandro. Testemunha daquele que viria a se tornar um incrível e surpreendente romance. “Desculpa se te chamo de amor”, de Federico Moccia.
Niki tem dezessete anos e cursa a última série do ensino médio; Alessandro tem 37 e é publicitário. Além dos 20 anos, estes dois têm muitas outras diferenças que, a princípio, pareciam inaceitáveis. Eram os pés dela no painel do carro, a roupa antiquada que ele usava, os horários, as responsabilidades, os gostos, os amigos e o passado. E, mesmo assim, ela disse “amor!”. Ele ouviu, fez de conta que não era com ele e disfarçou. Disfarçou um amor que queria evitar; fez de conta que não percebia a paixão batendo em sua porta; e continuou o relato sobre um trabalho a concluir. Niki deu de ombros e com a molequice de quem está apaixonada concluiu: “você ouviu bem e não adianta; eu vou te chamar de amor”. E chamou. Não só uma vez. Chamou por tempo suficiente para que nascesse um novo Alessandro Belli; aquele do sorriso fácil; que admite uma imprudenciazinha; que redescobre a felicidade em pequenos gestos e que, ao final, se rende e também a chama com aquela linda palavra.
Porém, em romances como esse nem tudo está definido. O passado respinga e, de repente, lá está o velho Alex. Em troca dele, uma outra Niki, mais madura e indiscutivelmente mais sofrida. Nesse momento, vem surgindo um aperto no coração; uma dor que parecia minha; a lágrima segurada com esforço; um emaranhado de pensamentos que começavam a jorrar. Quase não consegui acreditar; não poderia ser verdade. O sonho, o perfume, as palavras findavam a cada linha. E aquela história, que antes poderia ter sido disputada para ver quem assumiria o papel de protagonista, ia ficando só. Órfã dos atores principais. Afinal, ninguém gosta de pedir desculpas quando se ama, nem de sofrer.
No entanto, ainda assim me apaixonei e passei a aceitar que não é só a Niki que acredita em contos de fadas. Virei a página e reiniciei a procura por aquele final que poderia significar início de uma nova história, porque se for amor de verdade...
Boa leitura!
E já que estamos nessa de amor, devo comentar que este foi à primeira vista. Circulava por uma lista infindável de livros, buscando algum que fosse especial e não resisti. Olhei aquele título em fonte manuscrita, um autor que ainda não conhecia e decidi: é esse. Alguns dias depois já era testemunha do acidente de Niki e Alessandro. Testemunha daquele que viria a se tornar um incrível e surpreendente romance. “Desculpa se te chamo de amor”, de Federico Moccia.
Niki tem dezessete anos e cursa a última série do ensino médio; Alessandro tem 37 e é publicitário. Além dos 20 anos, estes dois têm muitas outras diferenças que, a princípio, pareciam inaceitáveis. Eram os pés dela no painel do carro, a roupa antiquada que ele usava, os horários, as responsabilidades, os gostos, os amigos e o passado. E, mesmo assim, ela disse “amor!”. Ele ouviu, fez de conta que não era com ele e disfarçou. Disfarçou um amor que queria evitar; fez de conta que não percebia a paixão batendo em sua porta; e continuou o relato sobre um trabalho a concluir. Niki deu de ombros e com a molequice de quem está apaixonada concluiu: “você ouviu bem e não adianta; eu vou te chamar de amor”. E chamou. Não só uma vez. Chamou por tempo suficiente para que nascesse um novo Alessandro Belli; aquele do sorriso fácil; que admite uma imprudenciazinha; que redescobre a felicidade em pequenos gestos e que, ao final, se rende e também a chama com aquela linda palavra.
Porém, em romances como esse nem tudo está definido. O passado respinga e, de repente, lá está o velho Alex. Em troca dele, uma outra Niki, mais madura e indiscutivelmente mais sofrida. Nesse momento, vem surgindo um aperto no coração; uma dor que parecia minha; a lágrima segurada com esforço; um emaranhado de pensamentos que começavam a jorrar. Quase não consegui acreditar; não poderia ser verdade. O sonho, o perfume, as palavras findavam a cada linha. E aquela história, que antes poderia ter sido disputada para ver quem assumiria o papel de protagonista, ia ficando só. Órfã dos atores principais. Afinal, ninguém gosta de pedir desculpas quando se ama, nem de sofrer.
No entanto, ainda assim me apaixonei e passei a aceitar que não é só a Niki que acredita em contos de fadas. Virei a página e reiniciei a procura por aquele final que poderia significar início de uma nova história, porque se for amor de verdade...
Boa leitura!