Certamente, muitos dos leitores que acompanham esse texto já perderam alguém em sua vida. Não falo aqui das perdas “sazonais”, de pessoas que surgem e somem com a mesma rapidez. Mas sim daquelas que se vão eternamente. Que não podem mais serem tocadas, nem sentidas, tão pouco admiradas. Destas, nem é bom pensar muito. Vai vindo um aperto no coração, um sentimento que não pode ser controlado porque é fruto de algo que não entendemos. De repente, tudo o que foi dito, os planos, sonhos e projetos se perdem numa batida de carro, numa parada cardíaca, num acidente doméstico tolo que, simplesmente, leva alguém que estava ao nosso lado. Alguém que, poxa vida, não era justo. Este sentimento, garanto, foi experimentado por diferentes pessoas em fases distintas da vida.
A incompreensão deixada pela morte é algo que “só quem fica para saber”. Este é o nosso lado na conversa. O nosso ponto de vista. O único, por assim dizer, já que não temos contato com a “outra face” (para aqueles que acreditam que ela existe, claro). No entanto, certo dia ouço o comentário sobre um livro intitulado “As cinco pessoas que você encontra no céu”, de Mitch Albom, que traz a experiência de Eddie ao chegar ao céu e pensei: que pessoas seriam estas?
Assim como inúmeros outros seres simples e comuns, o personagem principal do livro por vezes se vê entediado e acometido por um triste sentimento relacionado a sua vida. A insatisfação, o desejo que não fora realizado, o sonho deixado para traz, as dificuldades, os imprevistos, empecilhos e impedimentos que conhecemos muito bem, fizeram Eddie levar a sua vida como se fosse um fardo. Desses que simplesmente carrega-se, sem saber para onde, o porque é tão pesado e se é possível deixá-lo no caminho. Não sabemos disso. As coisas vão acontecendo em nossas vidas e de repente a única pessoa que não parece decidir nada do rumo a tomar é você mesmo. Como se fosse transformado num ator, você decora as falas e interpreta da maneira que dá. Não questiona. Apenas faz o que deve ser feito.
Assim foi com Eddie Manutenção e assim é com tantas outras pessoas que parecem não ter escolhido o caminho. Simplesmente seguem andando. Se é uma maneira de conforto, não sei, mas Eddie descobriu muitas coisas ao encontrar as cinco pessoas no céu. Cinco seres que passaram (rápida ou morosamente) em sua vida. Pensei então em quem encontraria: seriam indivíduos conhecidos? Pai? Mãe? Amigos de infância? A primeira professora do colégio? Não consegui imaginar quais seriam “os escolhidos”, apenas pensei que, se existe céu, se realmente tivéssemos a chance de chegar lá e entender o porquê tudo aqui aconteceu desta forma, é uma maneira de levar acalanto à inquietação diária. Mas, também deve nos fazer pensar que, de repente, não seja preciso tanto para entender algo que nós mesmos fazemos parte. Talvez, devêssemos ser palavra mais atuante nesta peça e decidir, por exemplo, para que lado será dado o primeiro passo do dia.
Boa leitura!
A incompreensão deixada pela morte é algo que “só quem fica para saber”. Este é o nosso lado na conversa. O nosso ponto de vista. O único, por assim dizer, já que não temos contato com a “outra face” (para aqueles que acreditam que ela existe, claro). No entanto, certo dia ouço o comentário sobre um livro intitulado “As cinco pessoas que você encontra no céu”, de Mitch Albom, que traz a experiência de Eddie ao chegar ao céu e pensei: que pessoas seriam estas?
Assim como inúmeros outros seres simples e comuns, o personagem principal do livro por vezes se vê entediado e acometido por um triste sentimento relacionado a sua vida. A insatisfação, o desejo que não fora realizado, o sonho deixado para traz, as dificuldades, os imprevistos, empecilhos e impedimentos que conhecemos muito bem, fizeram Eddie levar a sua vida como se fosse um fardo. Desses que simplesmente carrega-se, sem saber para onde, o porque é tão pesado e se é possível deixá-lo no caminho. Não sabemos disso. As coisas vão acontecendo em nossas vidas e de repente a única pessoa que não parece decidir nada do rumo a tomar é você mesmo. Como se fosse transformado num ator, você decora as falas e interpreta da maneira que dá. Não questiona. Apenas faz o que deve ser feito.
Assim foi com Eddie Manutenção e assim é com tantas outras pessoas que parecem não ter escolhido o caminho. Simplesmente seguem andando. Se é uma maneira de conforto, não sei, mas Eddie descobriu muitas coisas ao encontrar as cinco pessoas no céu. Cinco seres que passaram (rápida ou morosamente) em sua vida. Pensei então em quem encontraria: seriam indivíduos conhecidos? Pai? Mãe? Amigos de infância? A primeira professora do colégio? Não consegui imaginar quais seriam “os escolhidos”, apenas pensei que, se existe céu, se realmente tivéssemos a chance de chegar lá e entender o porquê tudo aqui aconteceu desta forma, é uma maneira de levar acalanto à inquietação diária. Mas, também deve nos fazer pensar que, de repente, não seja preciso tanto para entender algo que nós mesmos fazemos parte. Talvez, devêssemos ser palavra mais atuante nesta peça e decidir, por exemplo, para que lado será dado o primeiro passo do dia.
Boa leitura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário