Quando estamos prestes a iniciar um novo livro, surge aquela expectativa, empolgação, entusiasmo e até dúvida, se ele vai ser tão bom quanto supomos. Algumas vezes, paramos a leitura logo após as “orelhas”, outras vamos até a metade e, claro, têm aqueles que nos fazem ler tudo em apenas uma sentada.
Particularmente, isso se dá com todos os livros, independente se romance, ficção, científico ou biografia. Esse último gênero requer ainda um pouco mais de atenção. Não são poucas as biografias que transformam a leitura em enfadonha atividade. Porém, existem outras que nos “arrepiam”. Essas que nos fazem rir; filosofar quando a frase é de impacto; deixar a página marcada “para talvez usar em algum outro momento” e também, como fiéis consumistas que somos, nos fazem desejar toda a obra do autor em questão. É com as últimas características que apresento “Cheiro de Goiaba”, uma biografia de Gabriel García Márquez.
O escritor colombiano, apaixonado por Kafka, Dostoievski, Tlstoi, Dickens, Flaubert, Balzac, Virgínia Woolf, Steinbeck e Rimbaud, em entrevista ao amigo Plínio Apuleyo Mendonza. Ora em tom de entrevista, ora como desabafo, conhecemos o autor. Criado até os oito anos pelos avós, García Márquez definiu desde cedo muitos posicionamentos que levaria para toda a vida, tal como sua concepção política, a qual afirma que “o governo ideal é aquele que faça os pobres felizes”.
Da avó, D. Tranquilina, herdou o gosto por contar histórias. A maneira “fantástica” e alucinada com que falava de lendas, mortos e espíritos, diz o autor, até hoje ainda o fazem sentir um tremor quando está sozinho. Esse mesmo “tremor” que faz com que ele tenha nas mulheres “um porto de segurança”, assim como aparece em suas obras, onde as mulheres assumem a posição de defesa e guardiãs da família. Do avô, ficaram as lembranças da guerra, os relatos, por vezes, assombrosos, temerários e desafiadores para um menino de oito anos. Relatos que, também, aparecem constantemente nas suas histórias, como em Macondo, nos Cem anos de Solidão em que viveu o povoado.
Por falar em solidão, esse é segundo o autor, o carro chefe para todas as suas obras. É da solidão que saem coronéis, crianças, amores esquecidos, outros inventados. É desse poder de aliar parte de sua própria trajetória, com outras diferentes histórias da América Latina que fazem dos livros de García Márquez serem, sem exceção, do tipo de livros que devoramos em uma sentada. Desde o primeiro livro, o Enterro do Diabo, ao clássico, Cem anos de Solidão, até o favorito do autor, O outono do patriarca, todos são relatos de uma terra marcada pela guerra, exploração e miséria. Miséria vivida pelo próprio autor e que agora ilustra tão bem o seu trabalho. Afinal, como ele próprio diz “a imaginação é apenas um instrumento de elaboração da realidade. Mas a fonte de criação é sempre a realidade”. E, assim, misturando realidade, fantasia e criação temos tantas boas histórias em um só autor. Livros que demoraram de dois a 17 anos para ficarem prontos, mas que hoje servem para saciar aqueles em que a fome é maior que de comida. Mais do que a dica para a leitura de “Cheiro de Goiaba”, fica aqui a sugestão de todas as obras do autor.
Particularmente, isso se dá com todos os livros, independente se romance, ficção, científico ou biografia. Esse último gênero requer ainda um pouco mais de atenção. Não são poucas as biografias que transformam a leitura em enfadonha atividade. Porém, existem outras que nos “arrepiam”. Essas que nos fazem rir; filosofar quando a frase é de impacto; deixar a página marcada “para talvez usar em algum outro momento” e também, como fiéis consumistas que somos, nos fazem desejar toda a obra do autor em questão. É com as últimas características que apresento “Cheiro de Goiaba”, uma biografia de Gabriel García Márquez.
O escritor colombiano, apaixonado por Kafka, Dostoievski, Tlstoi, Dickens, Flaubert, Balzac, Virgínia Woolf, Steinbeck e Rimbaud, em entrevista ao amigo Plínio Apuleyo Mendonza. Ora em tom de entrevista, ora como desabafo, conhecemos o autor. Criado até os oito anos pelos avós, García Márquez definiu desde cedo muitos posicionamentos que levaria para toda a vida, tal como sua concepção política, a qual afirma que “o governo ideal é aquele que faça os pobres felizes”.
Da avó, D. Tranquilina, herdou o gosto por contar histórias. A maneira “fantástica” e alucinada com que falava de lendas, mortos e espíritos, diz o autor, até hoje ainda o fazem sentir um tremor quando está sozinho. Esse mesmo “tremor” que faz com que ele tenha nas mulheres “um porto de segurança”, assim como aparece em suas obras, onde as mulheres assumem a posição de defesa e guardiãs da família. Do avô, ficaram as lembranças da guerra, os relatos, por vezes, assombrosos, temerários e desafiadores para um menino de oito anos. Relatos que, também, aparecem constantemente nas suas histórias, como em Macondo, nos Cem anos de Solidão em que viveu o povoado.
Por falar em solidão, esse é segundo o autor, o carro chefe para todas as suas obras. É da solidão que saem coronéis, crianças, amores esquecidos, outros inventados. É desse poder de aliar parte de sua própria trajetória, com outras diferentes histórias da América Latina que fazem dos livros de García Márquez serem, sem exceção, do tipo de livros que devoramos em uma sentada. Desde o primeiro livro, o Enterro do Diabo, ao clássico, Cem anos de Solidão, até o favorito do autor, O outono do patriarca, todos são relatos de uma terra marcada pela guerra, exploração e miséria. Miséria vivida pelo próprio autor e que agora ilustra tão bem o seu trabalho. Afinal, como ele próprio diz “a imaginação é apenas um instrumento de elaboração da realidade. Mas a fonte de criação é sempre a realidade”. E, assim, misturando realidade, fantasia e criação temos tantas boas histórias em um só autor. Livros que demoraram de dois a 17 anos para ficarem prontos, mas que hoje servem para saciar aqueles em que a fome é maior que de comida. Mais do que a dica para a leitura de “Cheiro de Goiaba”, fica aqui a sugestão de todas as obras do autor.
Boa Leitura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário