Já escrevi neste espaço o quão agradável é a surpresa de pegar um livro (com ou sem referências) e com ele passar algumas boas horas. Não há palavra que resuma a sensação de se perceber sorrindo sozinho com alguma façanha de determinado personagem, chorando com a realidade de outros ou mesmo voltando ao passado para relembrar um momento por nós vivido e que é mencionado na obra. A proeza que conseguem os escritores quando chegam a este ponto deve, portanto, ser reverenciada. Então, nesta semana, o “salve” vai para Fernando Sabino e “O menino no espelho”.
O livro que é, em boa parte, a história do próprio autor, aliada à narrativa das peripécias vividas por Fernando (o menino protagonista), conduzem a boas risadas. Pelo menos a mim o efeito foi esse. Não resisti quando Fernando ao chegar em casa se deparou com uma galinha no quintal, deu a ela o nome de Fernanda, ensinou-a a falar e, depois, passou a pensar num plano infalível para evitar que ela se transformasse no cardápio de sábado (frango ao molho pardo). Fernando precisou contar com a sorte e a astúcia que só as crianças têm e, claro, com o “jogo de cintura” da galinha, digo, da Fernanda. Também não resisti quando Fernando (também chamado de agente Odnanref), a agente Anairam, o agente Pastoff e o agente Hindemburgo (totalizando: um casal de brasileiros, um russo e um alemão), formavam o Departamento Especial de Investigações e Espionagem Olho de Gato e através dela descobriam tramas horripilantes com muita coragem e perspicácia.
Seja na espionagem, na educação da galinha, desculpem, Fernanda, quanto no dia que Fernando voou, Fernando Sabino deixa rastros de uma boa memória e uma ótima imaginação. Impossível, também, não protelar o término do livro. Eu, confesso, adiei o que pude. Até o meu prazo de “trabalho” estourar. Mas, chega um momento que não adianta, você cresce, já não cultiva sociedades secretas, não brinca mais na chuva, nem vê o reflexo saindo do espelho para tomar aquele remédio com gosto horrível. Chega uma hora em que é preciso dizer apenas que o livro é muito bom e que nada supera a infância. Como disse, muito bem, o autor: “quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: - O que você vai ser quando crescer? Hoje não me perguntam mais. Se perguntasse, eu diria que quero ser menino”. Essa é a ideia de todo o livro: simples como são as crianças! E por isso mesmo, encantadora!
Boa leitura e até a próxima semana!
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