8.12.2010

Os caminhos de Nelson Mandela


Cite um exemplo de um bom líder. Alguém com “pulso firme” na tomada de decisões; que não desaponta seus seguidores e que, obrigatoriamente, não tenha como objetivo central “se dar bem”. Alguém que tenha desejos em comum com um grande grupo; que respeite e valorize a vida e, principalmente, lute por ela.Eu acabo de conhecer, entrar na casa e fazer uma retrospectiva sobre um destes “caras”. Mas não é qualquer líder não, é Nelson Mandela. Representante político de um dos países mais pobres do mundo, que viveu massacrado pela imposição do apartheid, Mandela tem um longo caminho de liderança. Começou com a Liga Jovem do CNA, coordenou a campanha do Desafio, em 1952, comandou a decisão de abraçar a luta armada e desafiou o governo a enforcá-lo no Julgamento de Rivonia, em 1963-64. “No julgamento que o enviou para a prisão perpétua, declarou-se inocente – mas acrescentou que era culpado por lutar pelos direitos humanos e pela liberdade, culpado por combater leis injustas, culpado por lutar pelo seu próprio povo oprimido. Sabia que se arriscava a receber a pena de morte e não recuou”.
Durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Acalentei o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e realizar. Mas se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”, Nelson Mandela, em1963-64.
Mandela não foi condenado à morte. Em troca, obteve quase três décadas de prisão. E é sobre esta história, é com trechos como o citado acima que é construído o livro “Os caminhos de Mandela – lições de vida, amor e coragem”, de Richard Steven.Mais do que um diário, a obra apresenta um belo retrato da postura de um dos maiores líderes mundiais; apresenta suas estratégias táticas para conciliar interesses e, ainda assim, garantir melhor condições de vida à população. 
Mandela, mesmo indo contra muitos precedentes, conquistava, seduzia e, ao final, garantia o que havia planejado. Dentre uma destas conquistas, a liberdade da África do Sul. A mesma África que vimos nos jogos da Copa do Mundo: colorida e cheia de magia.

Boa leitura e até a próxima semana!  

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